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Mostrando postagens de 2009

PONTO DE CULTURA

Um ponto que marcará um ponto, Um ponto de cultura na gente, Um ponto de expressão diversificado, Um ponto de afirmação, antes uma interrogação, Um ponto de tu e de todos, Um ponto comum, de comunidade, Um ponto negro, de raça, de graça, de alegria, Um ponto que cê pode participar, Um ponto de encontro, de café, de idéias, de práticas, Um ponto de paz, de aconchego, de luz, Um ponto de vai e vem, perto da estação de trem de Perus, Um ponto de mudanças, de reencontros com nossas raízes culturais, Um ponto de manifestação do não ser, dos sem nada, dos daqui antes da ponte da marginal, Um ponto no corpo livre, livre de toda a exploração do capital e da alienação da "indústria cultural", Um ponto perto de nós, um ponto pra nós, um ponto do Estado de São Paulo, um ponto do Brasil, Um ponto que vale mais que um quilo, vale um Quilombo, uma Quilombaque, uma resistência, um sonho, uma luta, uma rebeldia, Um ponto, não um ponto qualquer, um ponto de questionamentos, d

SUMANO MARAJOARA

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Sou eu mesmo sumano, vim das correntes marítimas da baía do Marajó. A corrente da maré é meu caminho cotidiano contra as forças do mal. Sou filho da grande Ilha, da Iara, do boto, da aldeia Itaguari, nascido das caruanas, das pedras encantadas Cãmboa e Tãmbora. Sumano o Marajó viverá sem um plano de desenvolvimento sustentável? Sem a ambição do capital e dos projetos contra os marajoaras? A biosfera do Marajó só é possível com a participação democrática e popular dos sumanos. Os marajoaras sabem que as águas da maré vazam e enchem,  que a água-corpo-rio- é o arquipélago da VIDA. Sou caboclo meu sumano, sou do ventre da mata e da mãe d`água, e tu boto livre marajoara, tupinambá, muara, nuaruaque, aruã. Aprendi a remar contigo contras as correntezas da mediocridade e da arrogância do capital. Itaguary Belém, 07 de Fevereiro de 2009. Para o Poeta Juraci Siqueira meu inspirador nos caminhos das palavras e meu mano Marajoara, Ele de Afuá e eu de Ponta de Pedras.

URUBUS*

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Urubus voando em Belém Urubus no Ver-o-Peso Mercado da paixão Mercado do pão Urubus voando na baía do Guajará Urubus no rio Guamá Rio da paixão em Belém Rio do barco que vai e vem Urubus voando no Pará Urubus no céu de Muaná Marajó na saudade das águas Marajó no olhar das águias Urubus voando na Amazônia Urubus na preservação planetária Pará ti ver no futuro das novas gerações Pará dentro de todos nós como canção São Paulo, 19 de julho de 2007. * Fiz com minha filha Ana Beatriz no meu colo olhando os urubus no céu do Jardim Brasília - Parada de Taipas em São Paulo, mas pensando em Belém.

MARAJÓ, GUAJARÁ, GUAMÁ E ICOARACI

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Navegar com saudade de Belém, Amando o Marajó e o Círio de Nazaré, Deixando as lembranças na ótica de jirau, Olhando os rios com alegria de barco. Imensa baía do Guajará no meu amor, Tucumã na boca com desejo de fruta, Amar sem a pressa da praça do relógio, Rio Guamá na minha fantasia de juventude, Uma viagem na tarde de chuva, As mangas caindo nas ruas, Recriando a cidade no coração da floresta, Imagens dos parentes indígenas em Icoaraci. Itaguary São Paulo, 27 de Dezembro de 2004

CASA DA MEMÓRIA

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Marajó ilha do meu amor, Arquipélago dos ancestrais, Itaguary nas lembranças da vila de Mangabeira, Ponta de Pedras no banco da praça da Matriz. Mangabeira na beira da baía do Marajó, Seu Abaeté, Tia Assunção, Maniçar. A beleza da "Vó Jovina" na casa da memória, As lendas na boca do meu "Avô Brasilino". Marajó dos meus parentes milenares, Baía no olhar do caboclo nativo, Barcos e velas no coração do tempo, Meu "Avô Longa" no armazém da vila. São Paulo, 26 de Dezembro de 2004.

BORA LÁ

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O ano foi embora Bora lá no futuro da gente! Vejo bola, trabalho, alegria e paz. O ano foi embora Bora lá no projeto de todos! Vejo poesia, música, cerveja, e amor. O ano foi embora Bora lá no caminho da gente! Vejo abraços, diálogo, mundo novo. São Paulo, 31 de Dezembro de 2006.

PRAIA DE MANGABEIRA

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Rainha da ilha de Marajó, da terra de Itaguari, Tens a beleza tão rara, quantos requintes de jóia! Do Jaguarajó à Praia Grande, Nossa Senhora da Conceição te guarda E São Pedro, de lado, mudo...Ciúme revela! A luz do sol que te aquece nos dias quentes de verão, À noitinha na beira da baia de Marajó tu ti alumia, Ao sopro da viração! Orgulho de Ponta de Pedras e seu coração de visita, Pavulagem ela só, ser princezinha paidégua! Ponta de Pedras, 22 de Fevereiro de 1990.

CABOCLA DO NORTE

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Sou o coração do folclore paraense Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá Sou o boneco do Mestre Verequete Dançando uma ciranda em carimbó ao luar Eu sou um verso de Dalcídio Jurandir Num lundun de Cametá Ao som da orquestra armorial Sou marajoara Num livro de Juracir Siqueira Sou mamulengo de São Pedro do Marajó Vinda no baque solto de tambores Eu sou um auto de Nado Itaguary No meio da Feira do ver-o-peso Levando a flor de mururé Pra nova Jerusalém Sou Rui Paranatinga Barata E eu sou mangue também Eu sou cabocla, sou de Casa Forte, Sou do Pará, sou o Leão do Norte. Belém, 25 de junho de 2009. Cris Flor de Mururé, Poeta - Minha Sobrinha Paraense.

CAMINHO DA CHUVA

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Chove em Belém Penso em meu bem Cai a tarde Sinto saudade Caminho da chuva É o meu coração Não é guarda-chuva É minha solidão Chove na rua Vejo-te nua Teu corpo dourado Agora é molhado Caminho da chuva É o meu interior Não é manga nem uva É o teu amor Chove na feliz-cidade Belém terra de chuva e sol Desejo tua felicidade Tu és meu barco, mar e farol. Caminho da chuva É Belém do Pará Tu nas curvas dos rios Do Marajó e Amapá

SEM AS ÁGUAS

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O que será de nós sem as águas? O que será de nós sem os rios? O que será de nós sem as fontes? Deixe as águas correrem Deixe os rios viverem Deixe as fontes nascerem O que será de nós sem a vida? O que será de nós sem a inspiração? O que será de nós sem o amor? Deixe a vida criar Deixe a inspiração voar Deixe o amor brotar

SOMOS AQUILO QUE FAZEMOS DE NÓS

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Somos um olhar viajante Viajamos fazendo prosas e poesias Nossa vida tem algo de espera e de velocidade Corremos atrás de coisas e de pessoas Somos aquilo que fazemos de nós Fazemos palavras e ações Nosso mundo é feito de aprendizagem e conhecimento Ensinar o amor é a lição de todos Somos parte de um universo de mundos diversificados Mosaico de amizade e de realizações no respeito à diversidade Nossa existência é ciclo de reverências de afetos e amores Reencontros de mundos vivenciados, diferentes e bonitos. Somos um todo na vida de todos Nunca somos parte, apenas únicos. Nossa identidade é uma construção coletiva e pessoal Comunhão de pessoa e de comunidades na construção da história

UM TAL SANDICE

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Em tempos de saraus Uma PALAVRA presente Uma loucura na mente... A poesia e seu caminho Entre Adão e Anesino Sandice Sua história, sua vida, não crendice? Suas PALAVRAS são sementes Seu simulacro só produz rebelião Questiona o acabado, cria transformação. Aniversário, vinho e amigos. A vida vale pela qualidade da sandice. Foi um tal Sandice que me disse! Em tempos de saraus A PALAVRA vai libertando mundos A loucura cria mundos profundos... * Para o meu amigo poeta Anesino Sandice, companheiros das letras, palavras, sonhos e lutas na Cidade de São Paulo.

AMIGOS DA SANDICE

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Somos amantes dos saraus (nas casas dos outros) Amigos da sandice rebelde e lúdica (dos poetas antigos) Caminhantes na estrada da vida (dos poetas novos) Criadores da poesia como provocação (da ordem) Amamos as noites na periferia e nos centros da cidade da garoa Somos inventores nos ventos da PALAVRA Loucos na construção de um mundo novo com Emílias e Paulos à partir dos sonhos meninos e meninas na alegria do brincar... Andarilhos da amizade e sabedoria Visionários de uma feliz-cidade com justiça Inquietos na paz comprometida com a existência Operários da des (ordem) da PALAVRA opressora Somos amigos da sandice no vinho da PALAVRA libertadora Loucos para “poetiviver” os sonhos, as esperanças e as lutas pressas na garganta. Navegadores na canoa das letras, dos amores, da paixão e das buscas. Poetas de um tempo novo, profetizando o fim das bolsas de des (valores) na construção de um novo valor na solidariedade dos desvalidos do mundo...

EROS E MARAJÓ

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Vai ó lua de São Jorge, nesta noite dizer a ela o que faço, pois, meu coração está em festa! E da ternura, ao encanto do fogo, fala Eros, deus do amor!... Que a posição já é dormida na ribanceira da praia de Mangabeira, há uma beleza! Na voz de minha juventude ao redor da fogueira fizemos canções!... Leva ó lua àquela rua triste da Vila de Mangabeira onde existe a presença dos brilhos de outra luz... A mesma que junto à baia de Marajó ilumina meu cantar, faz brotar a paz!... Da Mangabeira adormecida por tua luz iluminada, põe nela a brisa: será o fogo dos encantados na Tãmbora! Que da noite na quietude dos barcos da Cãmboa dos padres lhe dirão vamos pra Belém!

VAGABUNDOS DAS PALAVRAS

Não quero falar mais, estou cansado de tanto de gritar, de tanto falar PALAVRAS que ninguém escuta... Palavra na noite...  Palavra do teu lado... As Palavras vão perdendo o sentido, porque são palavras que o vento leva... As Palavras são nascentes de rios... As Palavras são brisas na madrugada... As Palavras são brasas na tua boca poética... A Palavra é fogo numa noite escura com várias pessoas ao redor da fogueira, fogueira que arde, arde aquecendo corpos, aquecendo copos de cervejas, de vinhos, aquecendo mundos, aquecendo vira-mundos, aquecendo vagabundos, vagabundos das Palavras.... Vagabundos de um mundo em ebulição, de um mundo que não espera mais, de um mundo que sabe correr, de um mundo que vai, que vai, que vem, que vem, mundo que corre, que vira, que vira-mundo, mundo que vaga, que vaga, vaga-lume... Na noite escura, escura, na tua noite escura, na noite escura da morte, vidas atormentadas pelas drogas, escura, mortes inocentes, na noite escura da morte, morte que ve

FLOR DE LUZ

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Ana Beatriz uma flor semente no fruto da vida Fruto de uma nova primavera no mundo Primavera de encontros e reencontros Flor de luz e perfume no meu amor de rio Perfume na paz revelada no corpo de Cris Corpo - comunhão no sacramento da existência Ana Beatriz flor da manhã de verão Verão no ar de São Paulo e do Pará Pará de nossas raízes caboclas

O NADA

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SOU nada sem os outros que chamamos amigos, camaradas e companheiros. Sou o não ser, o nada existente entre a loucura de questionar este "mundo normal". O nada presente entre tantos que nada tem, sem comida, sem leitura, sem perspectiva de vida. O nada construído de um vazio deixado pela ideologia do capital que propaga o TER como se fosse SER. O nada que se indigna diante do lucro de poucos numa crise que todos pedem sacrifícios para os pobres. O nada rebelde que se pergunta sobre o SER e a partilha necessária para a transformação do mundo normal. SOU o nada na inquietação de SER, não o capital, mas Ser mais, mais gente, não acabado, SER HUMANO.