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Mostrando postagens de dezembro, 2009

PONTO DE CULTURA

Um ponto que marcará um ponto, Um ponto de cultura na gente, Um ponto de expressão diversificado, Um ponto de afirmação, antes uma interrogação, Um ponto de tu e de todos, Um ponto comum, de comunidade, Um ponto negro, de raça, de graça, de alegria, Um ponto que cê pode participar, Um ponto de encontro, de café, de idéias, de práticas, Um ponto de paz, de aconchego, de luz, Um ponto de vai e vem, perto da estação de trem de Perus, Um ponto de mudanças, de reencontros com nossas raízes culturais, Um ponto de manifestação do não ser, dos sem nada, dos daqui antes da ponte da marginal, Um ponto no corpo livre, livre de toda a exploração do capital e da alienação da "indústria cultural", Um ponto perto de nós, um ponto pra nós, um ponto do Estado de São Paulo, um ponto do Brasil, Um ponto que vale mais que um quilo, vale um Quilombo, uma Quilombaque, uma resistência, um sonho, uma luta, uma rebeldia, Um ponto, não um ponto qualquer, um ponto de questionamentos, d

SUMANO MARAJOARA

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Sou eu mesmo sumano, vim das correntes marítimas da baía do Marajó. A corrente da maré é meu caminho cotidiano contra as forças do mal. Sou filho da grande Ilha, da Iara, do boto, da aldeia Itaguari, nascido das caruanas, das pedras encantadas Cãmboa e Tãmbora. Sumano o Marajó viverá sem um plano de desenvolvimento sustentável? Sem a ambição do capital e dos projetos contra os marajoaras? A biosfera do Marajó só é possível com a participação democrática e popular dos sumanos. Os marajoaras sabem que as águas da maré vazam e enchem,  que a água-corpo-rio- é o arquipélago da VIDA. Sou caboclo meu sumano, sou do ventre da mata e da mãe d`água, e tu boto livre marajoara, tupinambá, muara, nuaruaque, aruã. Aprendi a remar contigo contras as correntezas da mediocridade e da arrogância do capital. Itaguary Belém, 07 de Fevereiro de 2009. Para o Poeta Juraci Siqueira meu inspirador nos caminhos das palavras e meu mano Marajoara, Ele de Afuá e eu de Ponta de Pedras.

URUBUS*

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Urubus voando em Belém Urubus no Ver-o-Peso Mercado da paixão Mercado do pão Urubus voando na baía do Guajará Urubus no rio Guamá Rio da paixão em Belém Rio do barco que vai e vem Urubus voando no Pará Urubus no céu de Muaná Marajó na saudade das águas Marajó no olhar das águias Urubus voando na Amazônia Urubus na preservação planetária Pará ti ver no futuro das novas gerações Pará dentro de todos nós como canção São Paulo, 19 de julho de 2007. * Fiz com minha filha Ana Beatriz no meu colo olhando os urubus no céu do Jardim Brasília - Parada de Taipas em São Paulo, mas pensando em Belém.

MARAJÓ, GUAJARÁ, GUAMÁ E ICOARACI

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Navegar com saudade de Belém, Amando o Marajó e o Círio de Nazaré, Deixando as lembranças na ótica de jirau, Olhando os rios com alegria de barco. Imensa baía do Guajará no meu amor, Tucumã na boca com desejo de fruta, Amar sem a pressa da praça do relógio, Rio Guamá na minha fantasia de juventude, Uma viagem na tarde de chuva, As mangas caindo nas ruas, Recriando a cidade no coração da floresta, Imagens dos parentes indígenas em Icoaraci. Itaguary São Paulo, 27 de Dezembro de 2004

CASA DA MEMÓRIA

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Marajó ilha do meu amor, Arquipélago dos ancestrais, Itaguary nas lembranças da vila de Mangabeira, Ponta de Pedras no banco da praça da Matriz. Mangabeira na beira da baía do Marajó, Seu Abaeté, Tia Assunção, Maniçar. A beleza da "Vó Jovina" na casa da memória, As lendas na boca do meu "Avô Brasilino". Marajó dos meus parentes milenares, Baía no olhar do caboclo nativo, Barcos e velas no coração do tempo, Meu "Avô Longa" no armazém da vila. São Paulo, 26 de Dezembro de 2004.

BORA LÁ

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O ano foi embora Bora lá no futuro da gente! Vejo bola, trabalho, alegria e paz. O ano foi embora Bora lá no projeto de todos! Vejo poesia, música, cerveja, e amor. O ano foi embora Bora lá no caminho da gente! Vejo abraços, diálogo, mundo novo. São Paulo, 31 de Dezembro de 2006.

PRAIA DE MANGABEIRA

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Rainha da ilha de Marajó, da terra de Itaguari, Tens a beleza tão rara, quantos requintes de jóia! Do Jaguarajó à Praia Grande, Nossa Senhora da Conceição te guarda E São Pedro, de lado, mudo...Ciúme revela! A luz do sol que te aquece nos dias quentes de verão, À noitinha na beira da baia de Marajó tu ti alumia, Ao sopro da viração! Orgulho de Ponta de Pedras e seu coração de visita, Pavulagem ela só, ser princezinha paidégua! Ponta de Pedras, 22 de Fevereiro de 1990.

CABOCLA DO NORTE

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Sou o coração do folclore paraense Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá Sou o boneco do Mestre Verequete Dançando uma ciranda em carimbó ao luar Eu sou um verso de Dalcídio Jurandir Num lundun de Cametá Ao som da orquestra armorial Sou marajoara Num livro de Juracir Siqueira Sou mamulengo de São Pedro do Marajó Vinda no baque solto de tambores Eu sou um auto de Nado Itaguary No meio da Feira do ver-o-peso Levando a flor de mururé Pra nova Jerusalém Sou Rui Paranatinga Barata E eu sou mangue também Eu sou cabocla, sou de Casa Forte, Sou do Pará, sou o Leão do Norte. Belém, 25 de junho de 2009. Cris Flor de Mururé, Poeta - Minha Sobrinha Paraense.