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Mostrando postagens de novembro, 2009

CAMINHO DA CHUVA

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Chove em Belém Penso em meu bem Cai a tarde Sinto saudade Caminho da chuva É o meu coração Não é guarda-chuva É minha solidão Chove na rua Vejo-te nua Teu corpo dourado Agora é molhado Caminho da chuva É o meu interior Não é manga nem uva É o teu amor Chove na feliz-cidade Belém terra de chuva e sol Desejo tua felicidade Tu és meu barco, mar e farol. Caminho da chuva É Belém do Pará Tu nas curvas dos rios Do Marajó e Amapá

SEM AS ÁGUAS

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O que será de nós sem as águas? O que será de nós sem os rios? O que será de nós sem as fontes? Deixe as águas correrem Deixe os rios viverem Deixe as fontes nascerem O que será de nós sem a vida? O que será de nós sem a inspiração? O que será de nós sem o amor? Deixe a vida criar Deixe a inspiração voar Deixe o amor brotar

SOMOS AQUILO QUE FAZEMOS DE NÓS

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Somos um olhar viajante Viajamos fazendo prosas e poesias Nossa vida tem algo de espera e de velocidade Corremos atrás de coisas e de pessoas Somos aquilo que fazemos de nós Fazemos palavras e ações Nosso mundo é feito de aprendizagem e conhecimento Ensinar o amor é a lição de todos Somos parte de um universo de mundos diversificados Mosaico de amizade e de realizações no respeito à diversidade Nossa existência é ciclo de reverências de afetos e amores Reencontros de mundos vivenciados, diferentes e bonitos. Somos um todo na vida de todos Nunca somos parte, apenas únicos. Nossa identidade é uma construção coletiva e pessoal Comunhão de pessoa e de comunidades na construção da história

UM TAL SANDICE

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Em tempos de saraus Uma PALAVRA presente Uma loucura na mente... A poesia e seu caminho Entre Adão e Anesino Sandice Sua história, sua vida, não crendice? Suas PALAVRAS são sementes Seu simulacro só produz rebelião Questiona o acabado, cria transformação. Aniversário, vinho e amigos. A vida vale pela qualidade da sandice. Foi um tal Sandice que me disse! Em tempos de saraus A PALAVRA vai libertando mundos A loucura cria mundos profundos... * Para o meu amigo poeta Anesino Sandice, companheiros das letras, palavras, sonhos e lutas na Cidade de São Paulo.

AMIGOS DA SANDICE

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Somos amantes dos saraus (nas casas dos outros) Amigos da sandice rebelde e lúdica (dos poetas antigos) Caminhantes na estrada da vida (dos poetas novos) Criadores da poesia como provocação (da ordem) Amamos as noites na periferia e nos centros da cidade da garoa Somos inventores nos ventos da PALAVRA Loucos na construção de um mundo novo com Emílias e Paulos à partir dos sonhos meninos e meninas na alegria do brincar... Andarilhos da amizade e sabedoria Visionários de uma feliz-cidade com justiça Inquietos na paz comprometida com a existência Operários da des (ordem) da PALAVRA opressora Somos amigos da sandice no vinho da PALAVRA libertadora Loucos para “poetiviver” os sonhos, as esperanças e as lutas pressas na garganta. Navegadores na canoa das letras, dos amores, da paixão e das buscas. Poetas de um tempo novo, profetizando o fim das bolsas de des (valores) na construção de um novo valor na solidariedade dos desvalidos do mundo...

EROS E MARAJÓ

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Vai ó lua de São Jorge, nesta noite dizer a ela o que faço, pois, meu coração está em festa! E da ternura, ao encanto do fogo, fala Eros, deus do amor!... Que a posição já é dormida na ribanceira da praia de Mangabeira, há uma beleza! Na voz de minha juventude ao redor da fogueira fizemos canções!... Leva ó lua àquela rua triste da Vila de Mangabeira onde existe a presença dos brilhos de outra luz... A mesma que junto à baia de Marajó ilumina meu cantar, faz brotar a paz!... Da Mangabeira adormecida por tua luz iluminada, põe nela a brisa: será o fogo dos encantados na Tãmbora! Que da noite na quietude dos barcos da Cãmboa dos padres lhe dirão vamos pra Belém!

VAGABUNDOS DAS PALAVRAS

Não quero falar mais, estou cansado de tanto de gritar, de tanto falar PALAVRAS que ninguém escuta... Palavra na noite...  Palavra do teu lado... As Palavras vão perdendo o sentido, porque são palavras que o vento leva... As Palavras são nascentes de rios... As Palavras são brisas na madrugada... As Palavras são brasas na tua boca poética... A Palavra é fogo numa noite escura com várias pessoas ao redor da fogueira, fogueira que arde, arde aquecendo corpos, aquecendo copos de cervejas, de vinhos, aquecendo mundos, aquecendo vira-mundos, aquecendo vagabundos, vagabundos das Palavras.... Vagabundos de um mundo em ebulição, de um mundo que não espera mais, de um mundo que sabe correr, de um mundo que vai, que vai, que vem, que vem, mundo que corre, que vira, que vira-mundo, mundo que vaga, que vaga, vaga-lume... Na noite escura, escura, na tua noite escura, na noite escura da morte, vidas atormentadas pelas drogas, escura, mortes inocentes, na noite escura da morte, morte que ve

FLOR DE LUZ

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Ana Beatriz uma flor semente no fruto da vida Fruto de uma nova primavera no mundo Primavera de encontros e reencontros Flor de luz e perfume no meu amor de rio Perfume na paz revelada no corpo de Cris Corpo - comunhão no sacramento da existência Ana Beatriz flor da manhã de verão Verão no ar de São Paulo e do Pará Pará de nossas raízes caboclas

O NADA

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SOU nada sem os outros que chamamos amigos, camaradas e companheiros. Sou o não ser, o nada existente entre a loucura de questionar este "mundo normal". O nada presente entre tantos que nada tem, sem comida, sem leitura, sem perspectiva de vida. O nada construído de um vazio deixado pela ideologia do capital que propaga o TER como se fosse SER. O nada que se indigna diante do lucro de poucos numa crise que todos pedem sacrifícios para os pobres. O nada rebelde que se pergunta sobre o SER e a partilha necessária para a transformação do mundo normal. SOU o nada na inquietação de SER, não o capital, mas Ser mais, mais gente, não acabado, SER HUMANO.