Antologia Poética

AS POSSIBILIDADES DO AMOR
O amor é uma possibilidade
Mas quem cria essa possibilidade?
Bom, se entendermos o amor enquanto prática cotidiana,
Podemos reafirmá-lo quanto exercício e educação em nossa relação com os outros.
Portanto, as possibilidades de amar estão aí colocadas para vivenciarmos e fazermos delas experiências que nos darão satisfação e alegria perene, o amor nos garante a certeza de uma vida feliz.
Temos muitas possibilidades de amar, tanto em casa, na escola, no grupo de amigos, no trabalho, com a namorada, com alguém que quer “ficar” com a gente, com os pobres que nos impelem para a luta por justiça.
As possibilidades de amar talvez sejam a alternativa para transformarmos o mundo.


Nado Itaguary
São Paulo, 27 de julho de 2010.

O DIA RAIOU

O dia raiou
Não deu pra ver o sol
Não fui me embrenhar no mato
Procurei por ti meu amor
No terreiro te encontrei
Fomos pro curimã pro lago do Vilar
Fiquei sem medo de Meuã e da Matinta no curral
O dia raiou
Não deu pra ver o sol...


DIA LINDO

Dia lindo de esperança
No coração no olhar a paz
Meu coração vai ao teu encontro
O sol nasceu nos teus olhos
O amor brotou na manhã
Dia lindo meu amor entre frutas e abraços
No coração esperança



VOU PRA IR

Vou pra ir
Quero te ver
Meu amor é sol


Vou partir
De ônibus
Pra ti amar


Vou pra ir
Vê teu olhar
Na janela do amor


Vou partir
No coração
Carrego o sol



VILAS E ILHAS

Descendo o RIO FÁBRICA
Sentido CUPICHAUA ancorando no trapiche de PORTO SANTO.
Visitando o CURRAL PANEMA.
Beber açaí no CAIRÚ.
Indo a pé até JAGUARAJÓ.
Viver na MANGABEIRA
Parentes em CAJUEIRO e VILA NOVA
Muitos parentes e amigos na PRAIA GRANDE
Tomar banho na PRAINHA
Ir de bicicleta até o SANTO LENÇO
Comer camarão no ARMAZÉM
Búfalos no CURIMÃ
Rezas no ANTONIO VIEIRA
Sem ir ao PAU GRANDE
Morrer no TIJUQUAQUARA é viver para sempre em PONTA DE PEDRAS – ITAGUARY.


CAMINHO DA CHUVA
Chove em Belém
Penso em meu bem
Cai a tarde
Sinto saudade



Caminho da chuva
É o meu coração
Não é guarda-chuva
É minha solidão



Chove na rua
Vejo-te nua
Teu corpo dourado
Agora é molhado


Caminho da chuva
É o meu interior
Não é manga nem uva
É o teu amor



Chove na feliz-cidade
Belém terra de chuva e sol
Desejo tua felicidade
Tu és meu barco, mar e farol.



Caminho da chuva
É Belém do Pará
Tu nas curvas dos rios
Do Marajó e Amapá



NASCIMENTO

Concepção nas paisagens do Marajó,
Gestação nas noites de lua,
Dores e desejos de um sabor nativo.



Cantos dos animais no quintal livre,
Noite de oração à São Pedro,
Barcos na Cãmboa dos Padres para Belém.



Dores do parto na baía de Marajó,
À bênção das águas sobre nós,
Batidas do motor/coração do barco.



Baía do Guajará e Belém iluminada,
As velas dos barcos e as redes grávidas,
O ver-o-peso como testemunha do amor.



Queria ter nascido nas águas,
Mas o "servidores" me acolheu,
Em Belém minha sina nasceu.



Marajó minha paixão de mururé,
Dezembro, 27, dia de São João Evangelista, primeiro nascimento em Belém.
Janeiro, 20, nasci das águas na festa de São Sebastião em Ponta de Pedras.



*O "Servidores", é o hospital público dos servidores do Estado do Pará, minha mãe é professora aposentada.







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