Entre RoSas e BoTos uma Cartinha para Val Dantas

Hoje acordei virado boto, fui andando por aí pela cidade, avistei muitas futilidades, coisas tenebrosas deste "mundo humano", ninguém me reconheceu, apenas me olham como mais um desumano, não me importei fui viajando de ônibus e metrô, vi os prédios, viadutos, trilhos, todos corriam parece que desesperados para não perder algo, não entendi muito bem essa loucura de correr, as vezes se atropelavam entre bolsas, mochilas, carros, motos e estações de trem e metrô...Fui sentindo saudade do meu lugar, lá a gente não corre, deita-se na rede preguiçosa e deixar o tempo seguir seu rumo sem a fúria de Cronos, no meu lugar a dimensão do tempo e da vida é outro, fui sentindo vontade de navegar por entres correntezas dos rios caudalosos, quando voltava para o outro lado do rio Tietê, pude perceber o quando os humanos destroem a vida, as águas poluídas do Tietê são uma prova cabal dessa indiferença e da busca de correr para depredar a beleza da vida em sua plenitude...Hoje acordei assim meio boto querendo resgatar o encantando dos humanos que se perdem na cobiça e ganância do poder/capital que massacra milhões de pessoas que não sabem do mundo dos botos e de suas percepções e sentimentos.


Amei teu poema minha amiga, retorno com este do boto da cidade.


Bjs


Itaguary

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